E os outros?

•20/09/2011 • 2 Comentários

Tite não dá mais no Corinthians. Acredito que essa seja uma frase que pouquíssimos discutirão. E exatamente por isso, perigosa. Se tornou lugar comum, senso comum, e é portanto lema de ordem de alguns grupos políticos com interesses escrotos dentro do Corinthians, que terá eleições no final deste ano.

Se paramos para analisar, Tite é só a cabeça mais fácil de cortar. Está lá, todos os dias aparecendo, dando a cara a tapa, e assumindo as consequências. Gostaria de saber quanto tempo duraria Duílio Monteiro Alves, sujeito que muitos torcedores sequer reconheceriam o gosto. O presidente do clube, gostaria de saber quando ele assumiria que é ele quem leva jogadores como Chicão, líder da igrejinha formada no elenco. Sim, o presidente. O mesmo que levou Ronaldo em 2009, às vésperas de uma partida contra o Palmeiras, que culminou com a saída de Antônio Carlos.

E nem é necessário falar dos problemas de uma igrejinha. O Corinthians teve, entre 1998 e 2001, o melhor time do Brasil. Até que se formou a igreja do Ricardinho contra a igreja do Marcelinho. Perdemos os jogadores e os campeonatos. A meu humilde ver, foi ali que começou a lenta e tenebrosa queda pra Segunda Divisão.

Além disso, quem reclama apenas de Tite não percebe a falta de comprometimento e de vontade do elenco. Como disse meu amigo, a quem admiro muito, Guilherme Pappi, os jogadores desse elenco quase não ganharam títulos, e não demonstram a menor vontade de ganhar um agora. Os mais vencedores no time titular são Alessandro, Chicão, Jorge Henrique e Emerson, sendo que apenas o Sheik conquistou título antes de chegar ao Corinthians. Os mesmos campeões invictos do Paulista de 2009 e da Copa do Brasil de Ronaldo, são hoje criticados, com razão, pela torcida, por saírem pra baladas e casas de tolerância com o presidente.

As eleições são no final do ano. Tite tem que sair. Mas, e os outros? Até a próxima.

Insistindo em erros

•31/07/2011 • 1 Comentário

Muitos elogiam Andrés Sanchez por manter técnicos após uma sequência de fracassos. A princípio, e sem uma análise profunda, é uma boa política. Mas, após olhar bem, destrói os clubes que adotam tal conduta.

Manter treinadores fracasso após fracasso é uma postura pela qual Andrés ficará eternizado no Corinthians. Em seus 4 anos de presidência, foram apenas 3 treinadores. Mano Menezes, Adilson Batista e Adenor Tite são os nomes dos comandantes da equipe dentro de campo. O primeiro deixou o cargo para dirigir a Seleção Brasileira. O segundo foi demitido após 7 partidas sem vencer, e o terceiro é o atual treinador. Manter técnicos muda o velho paradigma de que o mérito pelos resultados é da equipe formada pela diretoria e que os fracassos são responsabilidade do treinador e de mais ninguém. Por muito tempo, demitir técnicos era a primeira proposta para solucionar uma má fase ou crise na equipe.

Porém, como tudo nessa vida, há o lado negativo de manter técnicos. Durante a Era Mano, que este blog defende que volte, foi criada uma panelinha de jogadores. A mesma panelinha que ajudou a derrubar Adilson Batista, e a mesma panelinha com a qual Tite teve de compactuar para poder se manter no comando. Não é exclusividade corintiana. O maior exemplo disso é o São Paulo, deixado por Muricy Ramalho após 3 anos de trabalho. O elenco bambi ajudou a derrubar Ricardo Gomes, com resultados pífios e atuações fracas. Além do problema da panelinha, há a demora ou impossibilidade de reação. No nosso caso, o Campeonato Brasileiro de 2010. Mano Menezes deixou a equipe para Adilson Batista na liderança isolada do torneio. Após um começo promissor, 7 resultados sem vitória, sem liderança e a demissão do técnico. Tite então assumiu, ficou invicto até o fim da competição, mas nada conseguiu fazer. Fomos obrigados a disputar a pré-Libertadores. Neste ano, fracasso na pré-Libertadores, perda do título estadual e agora uma má fase acenando no Campeonato Brasileiro.

Dadas todas as circunstâncias, será que insistir em um erro só para criar um novo paradigma é uma coisa boa? Ou é apenas mais um pouco de jogo político de Sanchez, que quer ficar com boa imagem para ganhar as eleições do fim do ano, fazendo seu sucessor? Vale a reflexão

Os dois lados

•13/07/2011 • 1 Comentário

O Corinthians pode recontratar um grande ídolo da história recente do clube. Caritos Tevez, atacante atualmente ligado em 100% dos seus direitos ao Manchester City, é o nome dele. Tal contratação tem um lado bom e um lado ruim.

A favor da contratação, fala principalmente a categoria e qualidade do atacante. Brigador, raçudo, matador, do jeito que o corintiano gosta. Tanto gosta que ele se tornou um ídolo do torcedor na campanha gloriosa do Campeonato Brasileiro de 2005, no qual ele era capitão, camisa 10 e artilheiro. Tem muita ligação com a torcida e com o clube. Além disso, pensando em um campeonato de longo prazo, a presença de Tevez seria mais um ponto de dúvida para Tite escalar o já recheado ataque do Corinthians.

Pelo lado contrário à vinda dele, um fator que me assusta particularmente, e assusta também a falta de atenção a tal ponto. Trazer Tevez implica em colocar novamente no quintal corintiano Kia Joorabchian, agente do atacante. Em 2004, quando a parceria Corinthians-MSI foi assinada pelo então presidente Alberto Dualib, nós não sabíamos com quem estávamos nos metendo. Agora, 7 anos, um título e um rebaixamento depois, nós sabemos, e muito bem, quem é Kia Joorabchian. Amigo de Andrés Sanchez, em sua última visita ao Brasil foi recebido pelo presidente do clube, que foi de forma voluntária ao encontro do iraniano, laranja de grandes mafiosos russos. Além disso, a contratação de Tevez seria usada como fator para favorecer ao candidato de Andrés nas eleições no clube no final deste ano. Ademais, gostaria realmente de saber de onde saíram os 90 milhões de reais para ofertar pelo jogador. É dinheiro que o Corinthians não tem, é dinheiro desviado do incentivo dado pela Câmara dos Vereadores para a construção do estádio? Ou então é um dinheiro que vai sair da grande “galinha dos ovos de ouro” da diretoria, mais popularmente conhecida pelo nome de torcida? O ingresso tende a aumentar, os produtos oficiais tendem a aumentar, a nossa camisa tende a virar um banner publicitário maior do que já é atualmente.

Portanto, trazer Tevez é uma grande jogada dentro do campo. Mas será que é tão boa jogada assim fora dele, para nós que realmente gostamos do Corinthians?

O tal do negócio entre gângsters

•14/06/2011 • 2 Comentários

Recomendo a todos que assistam à matéria do Jornal da Record sobre Andrés Sanchez e o estádio do Corinthians, o qual muitos são favoráveis. Porém, peço que lembrem-se de que a Record odeia a Globo e que o diretor de esportes do canal é Julio Cesar Casares, diretor do São Paulo.

A matéria tem traços sensacionalistas, como por exemplo usar Paulinho, o blogueiro laranja de Roque Citadini como fonte para acusar o presidente. Tirando isso, nenhum grande impropério ao jornalismo é praticado, pelo menos não maiores que os dos tais dos gângsters da Globo. Vale sim prestar atenção no fragmento no qual se ouve Andrés Sanchez falando com Alberto Dualib sobre mentir em depoimentos à Polícia Federal, o que é um crime, além do momento em que ele diz “sou amigo do Ricardo Teixeira sim, sou amigo da Globo sim, apesar de serem todos gângsters”.

Que Andrés Sanchez e Ricardo Teixeira têm negócios obscuros, me parece fato incontestável, já que Andrés apoiou o candidato do mandatário da CBF no C13 e foi recompensado com a chefia de delegação da fracassada seleção de 2010. O corintiano desligou-se do C13 e foi recompensado com um estádio de 1 bilhão isento de impostos e a abertura da Copa do Mundo de 2014.

Quem conhece uns tantos da história do futebol paulista sabe que o Morumbi foi feito em terreno dado por Laudo Natel, na era Adhemar de Barros, e que por acaso o terreno está num bairro que leva o nome da esposa do ex-governador de São Paulo, Leonor de Barros. Nós, torcedores corintianos, iludidos inúmeras vezes com construções de estádios que jamais deixaram de ser maquetes, tínhamos como orgulho “não ter um estádio feito em lugar público, com dinheiro público, vindo da roubalheira”. Acho que agora não poderemos mais ter este orgulho, um dos grandes símbolos atuais da honestidade e integridade moral do torcedor corintiano.

Andrés Sanchez já assassinou de muitas formas o legítimo corintianismo, mas todas de forma reversível. Nociva, porém reversível. O único assassinato irreversível à cultura do corintiano é esta porcaria desse estádio, que será feito em terreno público, com dinheiro público, advindo das grandes quadrilhas internacionais, que financiam o tal do negócio entre gângsters há eras no Brasil. Com esse assassinato, volto a repetir: FORA ANDRÉS SANCHEZ.

 

Link para matéria da Record, mandado via Twitter por @MonikitaSCCP: http://noticias.r7.com/videos/andres-sanchez-do-corinthians-ganha-estadio-por-apoiar-ricardo-teixeira/idmedia/4df7fb1a3d14ba875f722d46.html

O pior dos pontos corridos

•05/06/2011 • 2 Comentários

Muitos dizem que campeonatos por pontos corridos são mais justos, já que “beneficiam a equipe que joga melhor o ano todo”. Acho que todos nós vimos ou todo ou pedaço do jogo entre Flamengo e Corinthians hoje. Até que ponto vale a velha máxima do futebol, que para muitos se tornou um grande mantra?

Muricy Ramalho, hoje técnico do Santos, foi campeão de 4 dos últimos 5 campeonatos brasileiros, sendo 3 pelo São Paulo e 1 pelo Fluminense. Creio que quem gosta de futebol não tende a gostar dos times de Muricy Ramalho. Jogos feios, para se defender, e ganhar por 1×0 em casa e empatar em 0x0 fora, sendo o gol marcado sempre por um zagueiro de cabeça, após um chuveirinho proveniente de uma falta. Estilo feio, batido, mas vencedor. A melhor equipe do Brasil em 2010, a meu ver, era o Santos, alegre, ofensivo, sem medo de atacar e de fazer muitos gols, mesmo que tomando alguns. Mas o campeão foi o Fluminense, do jogo de Muricy. Claramente vemos que não venceu o melhor futebol, mas sim os melhores resultados.

Fazer campeonatos por pontos corridos cria uma europeização, no pior sentido da palavra, do futebol brasileiro. Nos áureos tempos de Pelé, Pepe, Garrincha, Rivellino, Zico, Falcão e Sócrates, a equipe brasileira se destacava por ser diferente, irreverente, não tomava grandes cuidados com a defesa, uma vez que o grande objetivo das equipes(citados jogadores de 58,62,70 e 82) era sempre ganhar, marcando o maior número de gols possível. O futebol era bonito, que o digam os “Joões” de Garrincha ou as vítimas de Pelé. As seleções européias jogavam no estilo pontos corridos, se defendendo e tentando ganhar por poucos gols de diferença, de preferência apenas 1.

Defensores de pontos corridos deveriam amar Tite. Com um aproveito superior ao de Mano Menezes no Corinthians, Tite foi vice campeão paulista e está na liderança do campeonato brasileiro, tendo ganho duas partidas e empatado uma. Quem é corintiano ou viu o time jogando qualquer um desses jogos, sabe que não jogamos bem, bonito, alegre, atacando. Jogamos para trás, com medo, buscando o empate fora de casa e a vitória por 1 gol de diferença em casa. Não se pode admitir que o Corinthians de Tite seja a melhor equipe, mas sim a que melhor administra resultados e situações. Isso não é futebol, mas sim gestão empresarial. E é aí que mora o perigo. Transformar equipes em grandes empresas, que visam o lucro. Empresas que exploram a paixão de seus torcedores. Torcer para o Corinthians de Tite nos pontos corridos é que nem torcer pela Coca Cola assistindo a um dia de Dow Jones. Ridículo, explorador da massa, defensor daquilo mais direitista que podemos encontrar em nossa sociedade. E não consigo admitir que no Corinthians haja qualquer raiz de direita. Mas esse é assunto para o @anarcorinthians. Até a próxima

A Política Nazifascista de Andrés Sanches

•30/05/2011 • 4 Comentários

Não são todos que conhecem Joseph Goebbels. Este homem foi o responsável pelo ministério do povo, alegria e propaganda durante o Terceiro Reich alemão, comandado pelo famoso Adolph Hitler. Mas, qual a relação entre as políticas hitleristas e a propaganda de Goebbels com o Corinthians hoje em dia? Para mim, muito clara. Joseph Goebbels é o homem responsável pela frase “uma mentira cem vezes dita, torna-se verdade”, e essa parece ser a política de Luís Paulo Rosenberg. A primeira vez em que ele usou claramente essa forma obscura de marketing foi com a polêmica camisa roxa, lançada em 2008. À época, foi alegado que a cor se devia a uma homenagem, já que “apenas o corintiano é roxo”. Odiada por muitos, amada por outros tantos, a camisa roxa foi usada até 2010. Para a temporada de 2011, uma nova mentira: uma camisa grená homenageando o TORINO, já que sua equipe faleceu em 1949 em um acidente aéreo, e jogou contra o Corinthians em 1948.

Tal alegação é no mínimo questionável. Com um exemplo bastante simples. O Corinthians homenageará o Palmeiras, afinal a nossa relação com o Palmeiras é maior do que a com o Torino, e vamos lançar um terceiro uniforme verde. Inaceitável, né? Não me espanta que, ao ler esta ideia, Rosenberg ache brilhante e resolva colocar em prática.

Porém, até aí não há qualquer relação a uma forma de política que envolva o presidente do clube. Engana-se quem diz isso. Primeiramente porque Luís Paulo Rosenberg obedece a comandos de Andrés Sanchez, por conta da tal da hierarquia. E pode-se perceber que essa política em relação às camisas se aplica a todos os aspectos da política corintiana desde que foi assumida a presidência por esse brilhante senhor.

Somos enganados. Constantemente enganados. Ronaldo será jogador do Corinthians e foi vendido a todos nós, como versão oficial, que viria o Ronaldo de 2002, de seus áureos tempos de futebol. Balela. Ronaldo está apenas 5 quilos acima de seu peso ideal. Balela. O preço dos ingressos vai aumentar abusivamente só porque é necessário que se pague caro para ver este time do Corinthians. Balela. O Corinthians não tem relação com Carlos Leite. Balela. Enfim. Poderia continuar aqui até amanhã com vários exemplos de assassinatos lentos, dolorosos e com requintes de crueldade ao legítimo corintianismo.

O nosso time está sendo elitizado. O povo que construiu esse time, segundo o lendário Miguel Bataglia, está sendo chutado, tratado como pura massa de manobra, servindo aos interesses mais sórdidos e desonestos de alguns poucos. Grandes donos do capital que aceitam acabar com qualquer origem em troca de meia dúzia de tostões. E ainda assim alguns tantos aplaudem. É esse o Corinthians. O Primeiro Reich, de Andrés Sanchez, está por acabar neste ano. Poderemos ter, a partir de 2012, o Segundo Reich, ou a tentativa de uma nova era. De paz, do povo, de Corinthians.

A tempo: sou oposicionista à administração Andrés Sanchez.

A tempo 2: quero muito agradecer aqui à grande hermanita Monikita, que me incentivou a voltar a escrever. Valeu Hermanita!

Recomendo: http://larissabeppler.wordpress.com/ por @LaraBeppler

http://anarcorinthians.blogspot.com/ por @anarcorinthians

http://bodeguitacuba.blogspot.com/ por @MonikittaSCCP, além do meu, por @Ulysses_Faria

 

Pra não dizer que não falei das flores

•10/10/2010 • Deixe um comentário

O Corinthians fez um papelão, Adilson pulou fora. Por que será que o Adilson, um técnico bom, que rendeu no Cruzeiro, montou um grande elenco, pede demissão do Corinthians com menos de 6 meses de trabalho?

Talvez seja pela falta de bons resultados. Mas, por que esses maus resultados? Pelo número de jogadores machucados e pela falta de jogadores que substituissem, não com a mesma qualidade dos titulares, porque isso é utópico, mas com um mínimo de qualidade. E isso não tem no elenco do Corinthians. O grande planejamento do Andrés Sanchez não deu, nem ao Mano, nem ao Adilson, dois laterais esquerdos profissionais. Não deu mais pelo menos dois zagueiros além de Chicão e William, ou seja, se um sair, ficamos com uma zaga manca. Não temos nenhum centroavante. O Ronaldo é um homem de negócios que ousam chamar de jogador profissional. Souza é o que já vimos e Iarley, apesar de esforçado e dedicado, não é uma referência na área.

Outro possível motivo é que ele não tenha se demitido, mas sim que “se demitiram” ele. Talvez porque ele quis pressionar o Ronaldo. Talvez porque tenha tentado ser homem de peitar o esquema do presidente.

Seja como for, pra não dizer que não falei das flores, leiam minha postagem anterior.

Planejamento

•07/10/2010 • Deixe um comentário

Parece ser essa a palavra de ordem da administração de Andrés Sanchez. Desde que ele assumiu, no final do fatídico 2007, só fala no tal planejamento, que sempre visou a Libertadores desse ano.

Primeiro, eu queria saber que planejamento gasta, para a contratação de encostos, 36 milhões de reais em janeiro. Segundo, queria saber porque o time só tem um lateral esquerdo. É o melhor do mundo, Roberto Carlos, mas é um só, e já não tem mais idade para aguentar o calendário ridículo do campeonato brasileiro. Quando ele não joga, improvisa-se Danilo, Jorge Henrique ou, o mais medonho, Leandro Castán. Segundo, queria saber que time que quer montar um elenco tem na zaga Paulo André e Leandro Castán. Terceiro, queria saber que futebol o Paulinho apresentou para ser considerado o reserva imediato de Jucilei e Elias. Quarto, queria saber que elenco planejado não tem centroavantes, só o grande cifrão Ronaldo e o inútil Souza. Quinto, e último, queria saber que time se prepara para ganhar a Libertadores fazendo papelão no campeonato brasileiro do ano anterior.

Esse planejamento é mal feito. É uma palavra de ordem que visa dar à torcida o seu pão e circo, para que não se metam em outros assuntos da equipe, como, por exemplo, a eleição do tucano Fernando Capez, que recebeu apoio do presidente do Corinthians. Para quem não sabe, Fernando Capez é o principal inimigo político da torcida corinthiana. Fiquem de olho. O pão e circo é lindo, divertido e entretem por algum tempo. Mas não se pode enganar a todos o tempo todo. Na hora em que essa cortina de fumaça do Andrés cair, muito lixo será revelado. E eu estou avisando com um ano de antecedência. Sejamos felizes.

Castigo

•26/09/2010 • Deixe um comentário

Os jogadores do Corinthians deixaram o campo do Beira Rio hoje dizendo que o terceiro gol do Internacional foi um “castigo”, considerando a postura da equipe decente. Olha, tendo em vista os jogos do time com o Adilson, o time foi muito mal.

O primeiro chute a gol do Corinthians foi com 40 minutos de jogo no primeiro tempo. Até então, toques de bola sem nenhuma objetividade, todos indo para trás. Novamente, porque o Paulinho ainda está jogando no Corinthians? Quem assistiu à partida viu que ele, como jogador de meio campo, jogou de costas, nunca dando um passe para a frente, sempre errando toques laterais e fazendo faltas inúteis.

No segundo tempo, o time melhorou muito. Jogou no estilo do Adilson, pra frente e objetivo. Mas não se pode dizer que a atuação foi merecedora de algum ponto, ou, mais ousado ainda, de dizer que a vitória do Internacional foi um castigo. Não foi. A equipe confundiu frieza com apatia, e isso não pode mais continuar.

O melhor para Neymar

•16/09/2010 • Deixe um comentário

Neymar é um grande jogador. Isso é inegável. O potencial que ele tem de construir uma carreira muito bonita é imenso. Se ele for bem orientado e souber ouvir as pessoas mais velhas que o orientem.

Primeiro que não parece haver no Santos um homem forte, influente, e preocupado com a carreira do Neymar. Nas mãos de dirigentes que visam apenas o lucro, ele é apenas mais um número. Muito grande e muito chamativo. Número que atrai gigantes europeus, como o Chelsea.

Nas mãos de Dorival Júnior ele é apenas mais um dos “meninos da vila”, que pode apenas projetá-lo como treinador, para equipes maiores e uma provável seleção brasileira. Comandando Neymar, Dorival foi chamado de “melhor técnico do Brasil”, o que realmente está muito longe de ser.

Nas mãos do pai, ele é apenas a chance da família de subir de condição social. Portanto, cuidar da carreira do Neymar filho torna-se menos importante do que projetá-lo para a Europa, custe o que custar.

Falta a Neymar alguém que mostre a ele que, à semelhança de Narciso, que se apaixonou por sua imagem no espelho, aquilo que ele vê no espelho nada mais é do que uma aparência externa, aquilo que menos vale na hora de se construir uma carreira. Neymar precisa de uma voz experiente, que mostre a ele o melhor caminho a ser seguido para ter sucesso. Precisa deixar de se deslumbrar com sua própria imagem no espelho e pensar no que será dele em 15 anos.